Tradução em português:
Relatório especial das Nações Unidas: equívocos para com mídia são extremos
The Yomiuri Shimbun (14/06/2017)
Trata-se de um relatório para entender a situação japonesa até que ponto? É muito questionável.
Do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra, David Kaye, o relator do relatório especial sobre liberdade de expressão, descreveu os resultados da pesquisa sobre o Japão.
O governo japonês foi criticado por pressionar a mídia, direta e indiretamente. No relatório que será publicado em breve, são feitas recomendações sobre o sistema de triagem de livros didáticos acerca da descrição das mulheres de conforto e a recomendação de revisão do Ato Pela Proteção de Informações Secretas.
É um artigo extremamente descuidado. Não seria essa uma opinião com base em alguns cidadãos ativistas tendenciosos?
O governo, antes da publicação, apresentou uma declaração de refutação do projeto de relatório, dizendo que “não é baseado em fatos e análises objetivas”, mas Kaye apenas respondeu que não mudará sua conclusão. Só pode se tratar de uma conclusão antecipada.
Existe uma perspectiva desfocada com relação à mídia. Vendo como problema o fato de o Ministro dos Assuntos Internos e Comunicações ter o direito de aplicar sanções administrativas às emissoras, é feita a recomendação de revisão do artigo 4º da lei sobre radiodifusão do Japão.
O governo, respeitando a independência das emissoras, tem respondido modestamente. Não há precedente de comando para a suspensão da transmissão de rádio em razão de violação do artigo 4º.
A NHK e emissoras comerciais estabeleceram uma organização, “Ética de radiodifusão e organização para melhoria dos programas de televisão” (BPO) e, caso um programa tenha problemas, eles publicam uma recomendação para a emissora.
A produção de um programa apropriado foi deixada aos esforços voluntários das emissoras. Não há dúvidas de que essa tendência tenha se enraizado.
O que está repleto de malícia, é a opinião com relação ao tratamento sobre as mulheres de conforto feito pelos livros didáticos. Citando a falta de descrição sobre as mulheres de conforto nos livros de história do ensino fundamental, aponta-se que a intervenção do governo compromete o direito dos cidadãos de saberem sobre o fato.
Se será incluída a questão das mulheres de conforto, que tem um plano de fundo complicado, ou não, é uma decisão somente da empresa que publica o livro. Muitos dos livros de história do ensino médio e livros de educação cívica tratam da questão das mulheres de conforto.
Nos livros didáticos, se há uma descrição de que as tropas japonesas levavam mulheres de conforto à força, é feito um pedido de correção. É algo esperado, tendo em vista o fato de que não há materiais que comprovem que as mulheres de conforto eram levadas à força.
O Conselho de Direitos Humanos da ONU deveria ser uma organização que ganha conhecimento e confiança de cada país. Mesmo a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Hayley, expressa insatisfação, “China e Cuba se tornaram países membros, escapando de críticas, além de haver também um desvio da resolução das condenações”.
Apesar de o relatório não possuir força legal, caso não seja tratado, um mal-entendido sobre o Japão pode se espalhar internacionalmente.
O governo deve refutar erros ativamente.